Solidão empírica
Meu irmão foi para Bananal hoje. Um mês e meio sozinha, não tinha tomado consciencia disso. Aliás, a ficha caiu assim que desci da van da facudade. Adivinhem? Chorei. Mal conseguia abrir a porta de casa. Neste momento passou um filme na minha cabeça das inúmeras vezes em que desejei morar sozinha. Quando se está fora da situação, tudo parece tão fácil e colorido. Pois bem, não é. Eu estou a duas horas e meia de casa. Me sinto rídicula ao lembrar dos dia que eu me julgava uma pessoa sozinha. Eu não sabia o que era solidão, agora sei. Longe da família, dos amigos, dos cachorros. Durante minha crise de choro me senti como uma minuscula partícula perdida em uma cidade grande. O que na verdade, eu sou. Tenho vizinhos e colegas prestativos e sei que dificuldades não passarei aqui. De um certo modo, isso me conforta. Agora que estou mais calma, estou pensando em quanta maturidade vou adiquirir neste período em que morararei sozinha. E isso me dá força.
3 de fevereiro de 2011.