domingo, 27 de novembro de 2011

18 de novembro.

se eu pudesse descrever como foram difíceis todos aqueles tempos em que tenho que ficar só
a madrugada é muito triste
o álcool é muito triste
eu sou muito.
pode ser lá na outra cidade
pode ser nesta
o fim é o mesmo
meus vinte amigos me ajudam a superar.
sozinha
caindo
sempre
caindo
caindo
sempre
na eternidade
nas cores
no tudo
e no nada.
caindo em mim mesma
com todos meu neurônios alterados
com todas minhas substâncias
reais e imaginárias
escrevo para me distrair
escrevo para me destruir
escrevo.
pois quando me sinto leve assim
tudo é indolor
e os caminhos parecem mais fáceis
saudades de tudo que eu fui
ódio de tudo que eu sou
contradição e ambivalência
por quanto tempo uma cabeça doente continua?