Apesar do material genético que o homem
possuiu, é totalmente equivocado dizer que este o limita, pois um sujeito
constrói sua individualidade a partir das relações que faz com o mundo. Meu entendimento sobre o
ser-humano, é que sua existência constrói sua essência e não vice-versa. A
genética é apenas a base que direciona e limita o homem para várias
possiilidades. E essas possibilidades são o contato com o exterior, que nada
mais é, que fazer do exterior o seu própio interior, pois o contato do homem
com o que há fora de si, acaba sendo uma relação de troca e percepções. E
quando eu percebo o signifcado das coisas, esse significado passa a ser meu, me
constrói como ser. É por isso que há todo sentido quando Kluckhohn afirma que
todo homem é como nenhum outro homem. E é a partir dessa afirmação que podemos
ver que existe o mundo objetivo e o mundo subjetivo, ou seja, vários mundos
dentro de um só.
Faço
uma crítica a essa ''psiquiatrização''
das angústias na atualidade. Partindo, que cada ser-humano traz consigo um
material genético e o desenvolvimento desse se dá através do contato com o
meio, a pergunta é: O quão confiável é
uma classificação geral sobre doenças psiquícas? Acho muito importante essa
classificação, pois elas nasceram de inúmeros estudos. Só acho que a humanidade
atualmente, não se permite a sofrer. Com a globalização e a ditadura da
felicidade, qualquer angústia que
apareça é vista como mal a ser eliminado. Acho que a subjetividade se
perdeu um pouco nisso, na desvalorização da existência, ou seja, eu como as
coisas são construídas. E na supervalorização da genética: infinitos remédios
para doenças que a a cada dia ''surgem'' mais.